Descrição
São esses diálogos que pretendemos resgatar para a sala de aula, sob a égide da filosofia para crianças, um movimento criado por M. Lipman. O professor de lógica criou, algures em 1 960, um programa que visava o “treino” dos pensamentos crítico, criativo e cuidativo, junto dos mais novos. Desde então outros autores têm colocado estas práticas em prática (perdoemos a redundância), destacando-se na Europa o autor de muitos livros para crianças, O. Brenifier, C. McCall, P. Worley, W.Kohan, S. Stanley, K. Murris são outros nomes que se constituem como referência para quem investiga a área. Em Portugal temos contributos preciosos de Zaza Carneiro de Moura, M. J. Figueiroa Rego, Tomás Magalhães Carneiro, Dina Mendonça, Gabriela Castro, Celeste Machado e Joana Rita Sousa.
Queremos levar a filosofia às crianças: o gosto pelo pensar, o lúdico que isso traz. De forma séria e consciente de que estamos a caminhar pelo diálogo filosófico – e não por uma simples conversa em que dizemos à criança o que pensar.
Para isso precisamos de sensibilizar os profissionais da educação para estas práticas e dotá-los do conhecimento teórico necessário para que possam construir um espaço para parar para pensar nas suas salas. Queremos também que experimentem algumas ferramentas úteis e que são transversais na abordagem de várias matérias – que não são exclusivas da filosofia.
Objetivos
- Refletir sobre os referenciais teóricos da Filosofia para Crianças e Jovens;
- Analisar textos e contributos de M. Lipman, O. Brenifier e outros autores de referência, pensando com os especialistas;
- Construir agendas de discussão como ponto de partida dos exercícios de pensamento;
- Reconhecer provocações filosóficas em materiais como livros ou jogos;
- Contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal dos professores, bem como para as aprendizagens dos alunos.
Formadora
Desde 2008 que viaja pelo país promovendo oficinas de pensamento crítico e criativo – para crianças, jovens e até adultos. O seu projecto filocriatiVIDAde visa sensibilizar pais, educadores e professores para a importância da criação de um espaço e de um tempo para o “parar para pensar”. Além da componente filosófica, o projecto inclui ainda os contributos de técnicas como Six Thinking Hats® (Edward de Bono) e mind maps (Tony Buzan).
Organiza, desde 2011, os encontros Sentir Pensamentos | Pensar Sentidos.
Frequenta actualmente o mestrado em Filosofia para Crianças, na Universidade dos Açores.