
Descrição
Estudos do âmbito da neurociência têm permitido uma análise cada vez mais especializada do processo de ensino e aprendizagem, obrigando a escola atual a repensar velhos modelos. A plasticidade cerebral possibilita a interligação de processos morfológicos, fisiológicos e comportamentais, permitindo, por exemplo, reter e arquivar nova informação. Contudo, as funções cognitivas são potenciadas quando a criatividade é estimulada desde cedo.
Desta forma, cabe à escola a maximização de oportunidades de expressão criativa nos processos de ensino e aprendizagem, fortalecendo comportamentos que preparem o aluno a pensar de uma maneira autónoma, flexível e imaginativa. Assim, a importância que a escrita criativa assume passa, também, pelo domínio desta competência, potenciando a aprendizagem e motivando o desenvolvimento do pensamento divergente e o papel que a criatividade pode ter para encontrar soluções, quer a nível académico, quer a nível social e profissional. É de realçar, também, o facto de a escrita criativa contribuir para a auto-disciplina e domínio do processo de escrita, implicando organização do pensamento, a necessidade de este ser ordenado, claro e conciso, a par do domínio acrescido da competência gramatical, essencial à produção de um discurso percetível pelos outros e coerente.
Objetivos
- Estimular a exploração da criatividade individual por parte dos formandos.
- Motivar para a leitura e escrita literárias.
- Encorajar o desenvolvimento do ensino de competências linguísticas de forma criativa.
- Estimular o prazer de ensinar e aprender a língua recorrendo à sua manipulação escrita.
- Reconhecer a escrita enquanto processo.
- Mobilizar uma componente criativa no ensino curricular da língua portuguesa.
- Criar elo de ligação entre comunidades de falantes / pedagogos da língua portuguesa.
- Promover ambientes educativos motivadores e criativos, recorrendo a materiais e suportes variados.
- Incrementar o domínio das novas tecnologias e explorar suportes plausíveis de estimular o gosto pela escrita.
- Encorajar a prática da escrita através da experimentação.
- Levar os(as) participantes a tomar consciência de instrumentos/estratégias que, muitas vezes, já utilizam, e/ou levá-los(as) a experimentar outros instrumentos/estratégias com outras potencialidades (mesmo que, na sua prática, acabem depois por os rejeitar).
- Oferecer um ensino da literatura ativo e participativo, em vez de meramente recetivo.